quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Conheça agora os 10 principais motivos para a escolha do parto normal:

1. É preciso esperar a “hora certa para nascer” – Nos partos marcados com antecedência, com dia e hora para acontecer, a chance de a mãe ter alguma hemorragia é
oito vezes maior que no parto normal, pois o útero pode não estar preparado para aquele momento.
2. Maturidade fetal – O trabalho de parto é um processo físico e hormonal e serve para terminar o amadurecimento do bebê, principalmente seus sistemas respiratório, imunológico e nervoso. Nas cesáreas, pré-agendadas, há maior prevalência de bebês prematuros em virtude da indução do trabalho de parto realizada antes da total maturidade fetal.
3. Segurança para a mãe – Todos os estudos rigorosos comprovam que o parto normal é mais seguro para a gestante e seu bebê. Como não há intervenção cirúrgica, não há riscos de infecções. A cesárea é considerada uma cirurgia “de grande porte”, tendo em vista que sete camadas distintas do abdome são abertas, aumentando a chance de contaminações na cavidade peritoneal, que é hermeticamente isolada, levando a uma significativa perda da resistência do organismo. Estudo brasileiro, publicado em 2003, que pesquisou durante vinte anos as mortes maternas no Rio Grande do Sul, constatou risco de morte quase 11 vezes maior para as mulheres submetidas à cesariana se comparadas às que fi zeram parto vaginal. Existe risco de complicação de aproximadamente 0,6% a cada vez que uma mulher é operada. De modo geral, a cesárea tem quatro vezes mais risco de morte materna e 10 vezes mais risco de morte neonatal. Essa taxa se repete no mundo todo, independentemente das condições tecnológicas em que são feitas as cesáreas. Além disso, no parto normal ocorrem os menores índices de tromboembolismos, uma doença ocasionada pela alteração da coagulação sangüínea.
4. Bom para o bebê – A criança merece vir ao mundo da melhor forma. Com o parto normal, ela está física e psicologicamente preparada para nascer. Batimentos cardíacos e respiração são ajustados à sua nova condição de vida. Quando o bebê passa pelo canal de parto, há uma compressão do tórax que elimina as secreções pulmonares de líquidos localizados nas áreas respiratórias. No parto normal, inclusive, a produção de leite materno será maior do que em uma eventual cesárea. E esse alimento será a primeira fonte de nutrientes do bebê nos seis meses iniciais de vida.
5. Menor sofrimento – O medo e a insegurança sempre potencializam a dor na hora do parto. Este incômodo nada mais é do que o resultado da contração muscular do útero e da distensão de diversas estruturas do canal do parto. Uma boa preparação, tanto física como psicológica, aumenta os níveis de endorfinas (substância produzida pelo próprio organismo que tem propriedades analgésicas). A dor deixará de existir completamente depois do parto, enquanto na cesárea, sempre feita sob anestesia (geralmente peridural), ela sempre virá após o término de sua ação anestésica, de maneira mais intensa e durante um maior período de tempo. Além do que, também há a possibilidade de reações adversas à anestesia. Caso a dor do parto vaginal seja insuportável, pode-se fazer a analgesia peridural (com baixa dose), em que somente a sensibilidade da mulher é retirada enquanto a parte motora continua a agir.
6. Amamentação instantânea – O bebê pode ser amamentado já na sala de parto e receber os primeiros carinhos da mãe, tornando ainda mais fortes seus laços afetivos.
7. Recuperação imediata – Partos normais permitem que as mães deixem o hospital mais rapidamente, enquanto as submetidas a cesáreas permanecem por mais tempo no ambiente hospitalar, sem contar que ainda podem ter febre, hematomas, infecções do trato urinário, do útero ou da ferida cirúrgica, além de paralisia do intestino ou da bexiga, com conseqüente sensação dolorosa que acompanha essas complicações.
8. Sem cicatriz e sem trauma perineal – Como não há intervenção cirúrgica, não há marca de cicatriz a ser deixada no corpo da mulher. Mas atenção, uma conversa com o obstetra e com a equipe que dará auxílio no momento do parto normal é importante para que não haja o corte do períneo (episiotomia). Ao permitir que o bebê nasça vagarosamente, apenas com a força da contração uterina, o períneo tem maior chance de distensão fisiológica e, assim, minimizar a possibilidade de haver laceração e trauma perineal.
9. Interação entre a mãe e o bebê – Em virtude da recuperação imediata no pós-parto, os vínculos são potencializados. No parto normal a mãe ajuda seu filho a nascer e os dois se relacionam desde o primeiro momento.
10. Sem sair de casa – Segundo a especialista holandesa em parto normal e defensora da humanização do nascimento Mary Zwart, é natural entre os mamíferos permanecer em seu próprio ninho durante o parto e não sair dele. As mulheres que não apresentam risco gestacional devem ter a opção de trazer seus filhos à luz em seus próprios lares, desde que haja uma estrutura mínima necessária e o auxílio de uma obstetriz, parteira ou doula que conduza o processo e garanta a saúde da mãe e do bebê. Não se pode transformar algo natural em um evento cirúrgico.

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